sexta-feira, 29 de junho de 2007

Decisão limita terceirização na Cemig

Fonte: Ivana Moreira. VALOR ECONÔMICO. 29/06/2007

Após quatro anos, o Sindieletro, Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais, venceu na Justica uma luta contra a terceirização na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Decisão da 4ª Vara de Justiça do Trabalho de Belo Horizonte condenou a estatal a acabar, num prazo de nove meses, com o uso de funcionários terceirizados em atividades essenciais ao seu funcionamento. O expediente só será permitido em atividades de limpeza, conservação, vigilância e as que não tiverem relação com a atividade fim da empresa. A decisão da 4ª Vara foi deferida em 30 de maio, mas só na quarta-feira o Ministério Publico foi notificado.

A direção da Cemig apenas informou, por meio da assessoria de imprensa, que pretende recorrer contra a decisão. A empresa não informa quantos funcionários indiretos tem e em quais atividades.

O principal argumento do Sindieletro contra a terceirização diz respeito a segurança. Segundo dados divulgados pela entidade, entre 1999 e 2007, a Cemig registrou 68 acidentes fatais. A maior parte dos casos, 48, ocorreu com terceirizados. "O pessoal terceirizado não recebe a qualificação e o treinamento ministrados pela Cemig", disse o coordenador do Sindieletro, Willian Vargas. Segundo o sindicalista, o funcionário contratado passa por quatro meses de treinamento e um ano trabalhando com acompanhamento. Já o terceirizado recebe treinamento de duas semanas e é liberado para trabalhar.

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